segunda-feira, 25 de julho de 2011

Busca por 'alívio imediato' causa endividamento, diz psicanalista

Dívidas são fonte de estresse muito séria, dizem pesquisadoras.
Neuroeconomia explica que compra é disputa entre razão e emoção.
Daniel Buarque Do G1, em São Paulo

Existem razões psicológicas e até neurológicas que ajudam a explicar o aumento do endividamento da população brasileira. Para pesquisadores da psicologia econômica e da neuroeconomia, o endividamento está ligado especialmente à falta de autocontrole no consumo e à busca por uma compensação, um alívio para impulsos.
Segundo a psicanalista Vera Rita de Mello Ferreira, esse comportamento está ligado à dinâmica psíquica das pessoas. “Somos movidos por impulsos que buscam um alívio imediato. A gente sempre se encontra em uma situação de falta e nunca estará plenamente satisfeito, mas fica muito fácil cair na ilusão de que comprar determinados produtos fará a gente chegar a um estágio de satisfação total, de plenitude”, disse ao G1 a psicanalista e doutora em psicologia econômica pela PUC-SP, autora dos primeiros livros sobre o tema no Brasil.
“É uma ilusão, mas a gente gosta de se iludir. A vida é dura, então acabamos buscando conforto em algumas ilusões, e esta é uma delas.” Segundo ela, as pessoas que ficam com dívidas demais normalmente se deixam influenciar pelas circunstâncias externas. “No lugar de ela tomar decisões por conta própria, ela fica muito influenciada pelos outros, pelo que vê ao redor dela”, disse.
A vida é dura, então acabamos buscando conforto em algumas ilusões, e esta é uma delas"
Vera Rita de Mello Ferreira, psicanalista
Além disso, explicou, há uma confluência de outros fatores, como uma maior aceitação social da dívida, que antes era vista como algo negativo, a comparação social e a influência familiar. “Temos um forte apelo ao consumismo e fartura de crédito”, disse.
Fetiche consumista
Para a neuroeconomia, área de estudo que usa as técnicas de neurociência para entender como as pessoas tomam suas decisões quando o assunto é dinheiro, o problema é um duelo entre razão e emoção.
“Enquanto a razão diz para poupar, para controlar, a emoção não pondera. Na hora em que se está na frente do produto, os sentidos ativam a área da emoção. É uma coisa bem de fetiche de consumista. A emoção fica superativada, e o cérebro manda mais sangue para a área dela, o centro do cérebro, o sistema límbico a amígdala cortical, e a área da razão, córtex prefrontal, fica menos irrigada”, explicou ao G1 a economista Patrícia Fonseca, especialista em neuroeconomia.
A economista Patrícia fonseca, especialista em neuroeconomia (Foto: Divulgação)
A economista Patrícia Fonseca,
especialista em neuroeconomia
(Foto: Divulgação)
Segundo a neuroeconomista, as pessoas endividadas têm noção do que estão fazendo quando assumem dívidas demais, mas o fazem mesmo assim. “Não é que elas achem que não estão errando, mas que, no fundo, elas sabem que da escolha que estão fazendo. Não é uma escolha ingênua, mas elas não conseguem se controlar.”
O grande problema, para ela, é que as pessoas enxergam o endividamento pela ótica do insucesso. “Elas buscam uma culpa externa. A justificativa sempre é não de que as pessoas gastam demais, mas que elas ganham pouco. É importante mudar essa noção e mostrar que o que importa não é o quanto se ganha, mas o quanto se gasta, isso que faz as pessoas perderem o controle das finanças”, disse.
Efeitos das dívidas
Além de terem uma forte influência de fatores psicológicos, as dívidas também trazem efeitos sobre o equilíbrio mental das pessoas que se pegam presas a elas.
“Nunca encontrei um indivíduo feliz por ter dívidas”, disse a economista especialista em neuroeconomia. “A dívida traz uma mensagem implícita, quase subliminar, de que a pessoa teve um insucesso. Insucesso em gerir suas finanças, em gerir sua vida, profissional, de não ter alcançado o que se achava que seria alcançado”, explicou Patrícia Fonseca.
A dívida traz uma mensagem implícita, quase subliminar, de que a pessoa teve um insucesso."
Patrícia Fonseca, economista
Segundo Vera Rita Ferreira, as dívidas sempre são uma fonte de estresse muito séria. “Ou a pessoa vai ficar pensando nisso o tempo inteiro e não consegue mais nem trabalhar direito, ou ela vai tentar de uma forma tão violenta afastar o problema da consciência que ela também paga um preço psicológico sobre isso. Ela vai ficar vivendo fora da realidade dela. Pode gerar estados de depressão, desânimo, impotência”, disse.
Segundo a psicanalista, os altos juros brasileiros fazem com que as dívidas brasileiras dificilmente possam ser vistas como investimento, como acontece no exterior.

“Nos Estados Unidos, os jovens contraem dividas para fazer a universidade, então tem influência na auto-estima. Acontece que eles não têm juros de 10% ao mês. Isso muda tudo. Aqui no Brasil a pessoa pode se iludir e se achar a rainha da cocada preta, por poderem consumir grifes, mas é ilusório e vai tomar na cabeça porque os juros são altos e viram uma bola de neve em dois meses”, disse.

Devedores ativos e passivos
Segundo a psicanalista Vera Rita Ferreira, o estudo do superendividamento divide os devedores em duas categorias. “O devedor ativo é aquele que se embanana com as finanças e sempre volta a dever. O passivo é o que tem um acidente de percurso, como a perda do emprego ou problemas de saúde.”
Os dois são igualmente comuns, segundo ela, e precisam de tratamento psicológico e apoio para equilibrar as finanças pessoais.

Fonte: portal G1

sexta-feira, 22 de julho de 2011

Entenda o efeito da nova alta da Selic no bolso do consumidor


Essa reportagem nos ajuda a entender onde nos afeta as altas ta famosa taxa SELIC.


Em quinta-feira 21/7/2011, às 10:07
SÃO PAULO – A elevação da taxa básica de juro, a Selic, de 12,25% para 12,50% na noite de quarta-feira (20) terá um efeito muito pequeno nas operações de crédito à pessoa física, de acordo com a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade).
Mas como essa elevação afeta, de fato, o bolso do consumidor?
Na ponta do lápis
Para exemplificar o efeito da elevação nas contas de cada um, o economista Miguel José Ribeiro de Oliveira, vice-presidente da Associação, simulou algumas situações, com diferentes modalidades de crédito, que podem indicar o real impacto da alta na vida financeira da população. Confira:
Modalidade: Crediário de loja
Utilização: Compra de uma geladeira em 12 vezes
Valor à vista: R$ 1.500,00
Taxa anterior à elevação: 5,66% ao mês
Taxa após a elevação: 5,68% ao mês
Valor total do produto parcelado (antes): R$ 2.107,20
Valor total do produto parcelado (depois): R$ 2.109,48
Diferença de R$ 2,28
Modalidade: Cheque especial
Utilização: por 20 dias
Valor inicial: R$ 1.000,00
Taxa anterior à elevação: 8,10% ao mês
Taxa após a elevação: 8,12% ao mês
Valor pago em juros (antes): R$ 54,00
Valor pago em juros (depois): R$ 54,13
Diferença de R$ 0,13 no período
Modalidade: Cartão de crédito (rotativo)
Utilização: por 30 dias
Valor inicial: R$ 1.000,00
Taxa anterior à elevação: 10,69% ao mês
Taxa após a elevação: 10,71% ao mês
Valor pago em juros (antes): R$ 106,90
Valor pago em juros (depois): R$ 107,10
Diferença de R$ 0,20 no período
Modalidade: Empréstimo pessoal – bancos
Utilização: por 12 meses
Valor inicial: R$ 1.000,00
Taxa anterior à elevação: 4,63% ao mês
Taxa após a elevação: 4,65% ao mês
Valor total do empréstimo (antes): R$ 1.325,76
Valor total do empréstimo (depois): R$ 1.327,32
Diferença de R$ 1,56
Modalidade: Empréstimo pessoal - financeiras
Utilização: por 12 meses
Valor inicial: R$ 500,00
Taxa anterior à elevação: 9,30% ao mês
Taxa após a elevação: 9,32% ao mês
Valor total do empréstimo (antes): R$ 850,56
Valor total do empréstimo (depois): R$ 851,40
Diferença de R$ 0,84
Modalidade: CDC Bancos
Utilização: Compra de um veículo em 60 meses
Valor à vista: R$ 25.000,00
Taxa anterior à elevação: 2,34% ao mês
Taxa após a elevação: 2,36% ao mês
Valor total do produto parcelado (antes): R$ 46.776,00
Valor total do produto parcelado (depois): R$ 46.993,80
Diferença de R$ 217,80
Deslocamento
De acordo com Ribeiro de Oliveira, esse impacto relativamente baixo no bolso do consumidor ocorre pois existe um deslocamento muito grande entre a Selic e as taxas cobradas ao consumidor, que com o aumento devem subir para 120,71% ao ano, ou seja, uma variação de mais de 800% entre as duas pontas.

Fonte: Yahoo

quarta-feira, 6 de julho de 2011

As lições do barqueiro

Um viajante caminhava pelas margens de um grande lago de águas cristalinas e imaginava uma forma de chegar até o outro lado, onde era seu destino.

Suspirou profundamente, enquanto tentava fixar o olhar no horizonte. A voz de um homem de cabelos brancos quebrou o silêncio momentâneo, oferecendo-se para transportá-lo. Era um barqueiro.

O pequeno barco envelhecido, no qual a travessia seria realizada, era provido de dois remos de madeira de carvalho. O viajante olhou detidamente e percebeu o que pareciam ser letras em cada remo. Ao colocar os pés empoeirados dentro do barco, observou que eram mesmo duas palavras. Num dos remos estava entalhada a palavra “acreditar” e no outro “agir”.

Não podendo conter a curiosidade, perguntou a razão daqueles nomes originais dados aos remos.

O barqueiro pegou o remo, no qual estava escrito acreditar, e remou com toda força. O barco, então, começou a da r voltas sem sair do lugar em que estava. Em seguida, pegou o remo em que estava escrito agir e remou com todo vigor. Novamente o barco girou em sentido oposto, sem ir adiante.

Finalmente, o velho barqueiro, segurando os dois remos, movimentou-os ao mesmo tempo e o barco, impulsionado por ambos os lados, navegou através das águas do lago, chegando calmamente à outra margem.

Então o barqueiro disse ao viajante:

- Este barco pode ser chamado de autoconfiança. E a margem é a meta que desejamos atingir.

- Para que o barco da autoconfiança navegue seguro e alcance a meta pretendida, é preciso que utilizemos os dois remos ao mesmo tempo e com a mesma intensidade: agir e acreditar.

Não basta apenas acreditar, senão, o barco ficará rodando em círculos, é preciso também agir para movimentá-lo na direção que nos levará a alcançar a nossa meta.

Agir e acreditar. Impulsionar os remos com força e com vontade, superando as ondas e os vendavais e não esquecer que, por vezes, é preciso remar contra a maré.

Gandhi tinha uma meta: libertar seu povo do domínio inglês. Tinha também uma estratégia: a não violência. Sua autoconfiança foi tanta, que atingiu a sua meta sem derramamento de sangue. Ele não só acreditou que era possível, mas, também agiu com segurança.

Madre Teresa também tinha uma meta: socorrer os pobres abandonados de Calcutá. Acreditou, agiu, e superou a meta inicial, socorrendo pobres do mundo inteiro.

Albert Schweitzer traçou sua meta e chegou lá. Deixou sua imensa popularidade e o conforto da cidade grande e se embrenhou na selva da África para atender os nativos, no mais completo anonimato.

Como estes, teríamos outros tantos exemplos de homens e mulheres que não só acreditaram, mas que tornaram realidade seus planos de felicidade e redenção particular.

E você? Está remando com firmeza para atingir a meta a que se propôs?

Se o barco da sua autoconfiança está parado no meio do caminho ou andando em círculos, é hora de tomar uma decisão e impulsioná-lo com força e com vontade.

Lembre que só você poderá acioná-lo utilizando-se dos dois remos: agir e acreditar.


“As grandes obras da humanidade são executadas, não pela força, mas pela perseverança”. - Samuel Johnson

Frases sobre otimismo - 2

Algumas belas frases,

"Uma atitude saudável é contagiosa, mas não espere para contagiar-se através dos outros. Seja um portador."

"O pessimista vê dificuldade em cada oportunidade; o otimista vê oportunidade em cada dificuldade." (Winston Churchill)

"Se um dia alguém dizer que você não fez algo importande não ligue, pois o importante já foi feito: VOCÊ." (Bob Marley)

"Diante de alguma dificuldade, se você estiver para desanimar, aqueça os sentidos, revigore a fé, e ouvirá a voz da consciência Dizer: " Persevere e vencerá ". (Renato Kehl)


"Não existe situação desesperadora; existem pessoas que se desesperam com certas situações." (J. Odines)

"Evite desencorajar-se: mantenha ocupações e faça do otimismo a maneira de viver. Isso restaura a fé em si." (Lucille Ball)

"O lugar onde o otimismo floresce melhor é o asilo de loucos." (Havelock Ellis)

"O otimismo é a crença de que tudo é formoso." (Ambrose Bierce)

"Otimista é o homem que faz palavras cruzadas a tinta."(Marcel Achard)

"Todo otimista é um mal-informado." (Paulo Francis)

sábado, 2 de julho de 2011

Pequenas dicas de como se organizar um orçamento doméstico

Essa curta reportagem da algumas dicas de como se organizar nosso orçamento doméstico. O vídeo é curto mas faz algumas referências de onde encontar algum material de educação financeira.


Motivação para o sucesso

Video motivacional sobre motivação e sucesso. Através de cenas do clássico filme O Gladiador o autor passa valiosas mensagens para encaramos os desafios do dia-a-dia.



Os efeitos psicológios das dívidas

Os efeitos psicológicos que as dívidas podem provocar. O endividamento pessoal, de uma maneira geral, pode trazer muitas consequências par...