quarta-feira, 29 de junho de 2011

Juro do cheque especial de maio é o maior desde 1999, diz BC


Essa matéria foi publicada no Yahoo em 28/6.
Em um momento em que o consumo cresce o acesso a crédito deveria ser facilitado mas o que vemos é algo bem diferente. Fica difícil para um país crescer quando o dinheiro custa cada vez mais caro.
 Isso nos serve também de alerta. O cheque especial hoje é um abismo cada vez mais profundo. É uma forma dos bancos ganharem muito dinheiro de nós. Vale lembrar que o cheque especial é opcional e que apesar deles nos liberarem assim que abrimos uma conta podemos optar por não o ter. O que eu acho uma sábia escolha.

Em terça-feira 28/6/2011, às 11:42
SÃO PAULO – A taxa de juro do cheque especial atingiu, em maio deste ano, o maior patamar desde abril de 1999. 
Dados da Nota de Política Monetária e Operações de Crédito, divulgada nesta terça-feira (28) pelo Banco Central, mostraram que, no mês passado, a taxa de juro da modalidade ficou em 185,40% ao ano (9,13% ao mês). No mês de abril de 1999, ela estava em 193,65% (9,39% ao mês).
É importante lembrar que as taxas desta modalidade variam - e muito - de banco para banco, o que faz com que o gasto com juros seja muito diferente no uso do cheque especial.
Número de dias no vermelho
Mesmo com a taxa de juro elevada, o brasileiro passa mais de dois terços do mês com a conta no vermelho.
De acordo com os dados do Banco Central, os usuários de conta-corrente permaneceram, em média, 22 dias utilizando o limite de cheque especial disponibilizado pelo banco no mês passado.
Descontrole
Mesmo com os altos juros e havendo outras alternativas disponíveis, uma parcela grande dos brasileiros ainda usa o cheque especial para fechar as contas ao final do mês.
Muitos deles consideram o limite do cheque especial parte de sua renda, o que pode acabar levando ao descontrole e, consequentemente, à inadimplência.
Especialistas salientam que as menores taxas costumam estar disponíveis para clientes de alta renda. Mesmo assim, só se deve recorrer ao cheque especial quando não houver outra saída.
Saindo das dívidas
Para quem já possui dívidas no cheque especial, o empréstimo consignado ou crédito pessoal podem ser formas de “trocar a dívida cara por uma mais barata”, com taxa de juros menores.
Quem fizer essa opção deve analisar com atenção o contrato feito com o banco e o valor da taxa cobrada pelo empréstimo.
Outra forma de evitar novos problemas é pedir que a instituição cancele essa linha de crédito, encerrando o limite do cheque especial. Para isso, porém, é necessário que o cliente negocie seus débitos atuais com a instituição financeira.

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